sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A abelha Jataí

A abelha indígena sem ferrão jataí é abelha das mais conhecidas na América Tropical. Vive desde Missiones na Argentina, até o sul do México (Nogueira-Neto 1970). A primeira citação sobre esta espécie foi feita por H. Müller, em 1875. No início do século XX, outros pesquisadores também se interessaram pela abelha jataí como von Ihering (1903), Mariano-Filho (1911) e F.Muller (1913) etc. Atualmente, dezenas de trabalhos científicos tratam desta espécie de abelha. (Base de Dados da USP-Ribeirão Preto).


Segundo Silveira et al 2002, o gênero Tetragonisca Moure, 1946 têm apenas três espécies reconhecidas sendo duas presentes na fauna brasileira: T. angustula (Latreille, 1811) e T.weyrauchi (Schwarz, 1943), esta com ninhos aéreos. A distribuição geográfica da primeira espécie é bem ampla ocorrendo nos Estados de AM, AP, BA, CE. ES, GO, MA, MG, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RO, RS, SC E SP. A distribuição da weyrauchi é mais restrita, ocorrendo no AC e RO, acrescida de MT por Nogueira-Neto (Cortopassi-Laurino & Nogueira-Neto 2003) e na Bolívia na cidade de Cobija. A abelha jataí é das espécies mais adaptáveis em relação ao hábito de nidificação.
Vive nas grandes e pequenas cidades, nas florestas virgens e capoeiras, nos cerrados, nos moirões de cerca, nos ocos dos paredões de pedra, etc (Nogueira-Neto 1970). Já foi observada também nidificando em garrafas tipo pet, em ninhos abandonados de pássaros como nos do joão de barro, em caixas de medidores de luz, em frutos tipo cabaça, etc. Entretanto, em ambientes naturais ou pouco alterados, esta espécie utiliza mais comumente ocos de árvores, nidificando, com freqüência, na sua parte basal, ou no "pé de pau" como é conhecido popularmente.


No nosso meliponário urbano temos alguns exemplares dessa bela abelha que sempre estão rodeando as várias roseiras de nossa casa, são bem pequenas mas compensam o tamanho através da população e da valentia, quando são manejadas muitas vezes beliscam palpebras e sobrancelhas. Seu mel tem sabor um pouca ácido, meio azedinho, muito saboroso. É muito conhecida no meio melipônico como a abelha de hábito mais higiênico de todas as espécies.
Fontes: http://www.meliponariodosertao.com/2009/05/especial-abelha-jatai.html
Kalhil Pereira França
Produz de 600 ml a 1,5 litros ao ano em caixas racionais, O preço do litro de mel pode variar  e trazer um bom rendimento. É um mel muito saboroso e medicinal, na região Sul do Brasil, é muito utilizado para pingar no olho para retirar cisco , e tambem para cura de catarata, e outras doenças dos ólhos.
Caracteristicas Gerais

As abelhas da sub família Meliponinae (Hymenoptera, Apidae), são conhecidas por "abelhas indígenas sem ferrão" por possuírem o ferrão atrofiado sendo, portanto, incapazes de ferroar. Ocorrem na América do Sul, América Central, Ásia, Ilhas do Pacífico, Austrália, Nova Guiné e África. Taxonomicamente está subdividida em duas tribos. Meliponini formada apenas pelo gênero Melipona, encontrado, exclusivamente, na região Neotropical (América do Sul, Central e Ilhas do Caribe), e Trigonini que agrupa um grande número de gêneros e está distribuída em toda a área de distribuição da sub família.

Todas as espécies de Meliponinae são eusociais, isto é, vivem em colônias constituídas por muitas operárias (algumas centenas, até mais de uma centena de milhar, conforme a espécie) que realizam as tarefas de construção e manutenção da estrutura física da colônia, coleta e processamento do alimento, cuidado com a cria e defesa. E por uma rainha (em algumas poucas espécies são encontradas até cinco) responsável pela postura de ovos que vão dar origem às fêmeas (rainhas e operárias) e a, pelo menos, parte dos machos (em diversas espécies, parte dos machos são filhos das operárias). 




Os machos são produzidos em grande número em certas épocas do ano e podem realizar, esporadicamente, algumas tarefas dentro da colônia, além de fecundarem as rainhas, durante o vôo nupcial. Normalmente, alguns dias após emergirem (quando a abelha, após terminado seu desenvolvimento, sai da célula de cria), os machos são expulsos da colméia.

As abelhas são insetos holometabolos, isto é, a fêmea realiza postura de ovos que dão origem as larvas, que são morfológica e fisiologicamente diferentes dos adultos. Elas se alimentam, crescem, sofrem um certo número de mudas e se transformam em pupa, forma esta que não se alimenta e fica imóvel na célula de cria. Após algum tempo, a pupa sofre muda, se transformando em uma abelha adulta.

No caso de Meliponinae o ovo é posto em uma célula construída com cerume (mistura de cêra, produzida pelas operárias, e resina vegetal, coletada no campo) ou, no caso de algumas poucas espécies como Leurotrigona muelleri, com cêra pura. O alimento larval (mistura de secreção glandular, mel e pólen) é depositado nas células pelas operárias, imediatamente antes da postura do ovo, este tipo de aprovisionamento é denominado de aprovisionamento massal. O alimento se estratifica dentro da célula, dessa forma a larva ingere, inicialmente, a fase líquida, composta por secreções glandulares e mel e depois o pólen (fase sólida).

Durante a operculação, eventualmente, a operária pode realizar postura de ovo que, por não ser fecundado, irá originar macho (a rainha também pode por ovos não fecundados, que originarão machos). 

Fonte: http://meliponarioabelhasdosul.webnode.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu e as Jataís? : )

Tudo bem com vocês nas graças de Deus?

Meu nome é Célio Luna, mas podem me chamar de Luna. Sou de Manaus/Am, mas moro em Montes Claros/MG. Trabalho com informática na área de Web e Técnica. Nas horas vagas... Bem... Vocês verão. : )

Sou um apaixonado por estas abelhas e, claro, pela natureza que Deus criou. Então resolvi contribuir com o conhecimento que tenho sobre estes pequenos, porém notáveis seres, através de fotos, vídeos, artigos e muito mais.

Vou contar um pouco da minha história com essas abelhas.

Minha atenção foi tomada por elas depois que visitei a casa de grandes amigos. Deparei-me com estas abelhas em um cano de instalação de luz onde voavam no perímetro deste. No início foi um pequeno temor, pois estes insetos alados fizeram-me lembrar no momento de uma experiência nada agradável que havia tido com marimbondos quando tinha aproximadamente 7 anos de idade. Desde este dia, todo e qualquer inseto alado me causava um certo temor.

Então comecei a pesquisar sobre elas: sua captura, características, locais onde encontrá-las, a grande importância do mel, da cera, do polém e belas imagens em seu habitat.



Como vocês estão vendo, estas fotos mostram o meu segundo contato com estas abelhas. Conheci um senhor por nome de Domingos, gente boa demais, e carinhosamente permitiu que pegasse alguns discos de cria de uma cabaça antiga (até hoje existe essa cabaça) : ) e depositar em uma nova cabaça. Claro que estudei um pouco para fazer isso aí, mas confesso que não foi nada fácil.

Explicarei as fotos seguindo da esquerda para a direita: na primeira os discos ainda estão protegidos; na segunda, os mesmos já podem ser visualizados (infelizmente os meus dedos acabaram danificando alguns); a terceira mostra alguns discos retirados e a quarta foto é da nova cabaça depois de alguns dias. Vejam que uma delas está na entrada feita por elas a observar quem estava batendo em sua porta.

Confesso para vocês que foi uma grande felicidade ter este contato direto com criaturas tão especiais, mas aconselho a quem também quiser se aventurar a se prepararem bem para tal manejo, pois o não conhecimento do mesmo pode acarretar em perda do enxame.

Bem, por hoje vou encerrando por aqui.

Até nosso próximo encontro!

Deus os abençoe!

Um forte abraço a todos!